Os funcionários das Empresas de Correios e Telégrafos (ECT) de todo o país entraram em greve por tempo indeterminado desde as 0h de quarta-feira (14). No Maranhão, a adesão ao movimento paredista já chega a 60% na capital, São Luís, e a 30% no interior.
Segundo um dos diretores regionais do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios do Maranhão (Sintec-MA), Antonio Soares, os trabalhadores reivindicam 7,16% de reposição da inflação e R$ 400 de aumento real, além de reajuste no vale-refeição, contratação de 21 mil trabalhadores em todo o país, segurança e o pagamento de perdas salariais. A ECT ofereceu apenas 6,87% de reajuste salarial.
Foto: G. Ferreira
Grevistas dos Correios se reúnem na agência da Radional
Os trabalhadores estão se concentrando diariamente em frente à agência dos Correios do bairro Radional, em São Luís. Os Centros de Distribuição Domiciliar (CDDs) também aderiram à paralisação.
Existem atualmente no Maranhão 204 agências dos Correios, com pouco mais de 1.400 servidores.
“A legislação garante o nosso direito a greve, mas ressalta que pelo menos 30% dos servidores se mantenham trabalhando, e este ponto estamos cumprindo. Porém, a área operacional já se encontrava defasada e agora com o movimento a entrega das correspondências fica comprometida”, declarou Antonio Soares.
De acordo com outro diretor regional do Sintec-MA, Sebastião Coimbra, o quadro funcional dos Correios no Maranhão deveria ter no mínimo mais 300 servidores, uma vez que mais de 200 mil correspondências deixam de ser entregues todos os dias por conta da defasagem no quadro.
Coimbra explicou que, em decorrência da saída voluntária ou por aposentadoria, de vários carteiros, acompanhada do aumento da demanda, a maioria dos funcionários passou a entregar mais correspondências e objetos do que de costume.
“Houve a perda de pessoal sem reposição da mão de obra, e isso gerou sobrecarga de trabalho. O nosso comando está em Brasília fazendo a interlocução com o governo federal. Estamos há dois meses em negociação, mas a direção dos Correios se mantém intransigente”, afirmou o sindicalista.
Em 2008, os servidores dos Correios paralisaram suas atividades por 21 dias, gerando um prejuízo diário em todo o país de R$ 20 milhões. Nos casos de encomendas expressas, como os serviços de Sedex, as entregas que não são efetuadas no prazo previsto pelo serviço precisam ser ressarcidas pela empresa. Do contrário, os órgãos de defesa do consumidor acionam a empresa, por ter recebido por um serviço não prestado.
Com Informações: Jornal Pequeno
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