Quanto mais elevado é o espírito mais ele sofre.
Arthur Schopenhauer

terça-feira, 31 de maio de 2011

Justiça afasta prefeito de São Pedro D´Água Branca

Em julgamento de uma ação com pedido de liminar do Ministério Público Estadual, a Vara da Fazenda Pública afastou nesta segunda-feira(30) o prefeito de São Pedro D Água Branca,Vanderlúcio Simão Ribeiro. O vice-prefeito conhecido por “Pelezinho” deverá assumir o comando do município.
A promotora Nahyma Abbas, autora da ação civil pública, explicou que a decisão da Justiça foi em função de desobediência pelo prefeito à decisões da própria Justiça.
Vanderlúcio Simão Ribeiro é acusado de ter exonerado os servidores aprovados em concurso público e se negado a readmití-los quando a Justiça deu ganho de causa aos funcionário. São aproximadamente 80 pessoas nessas condições.
A situação de Vanderlúcio é delicada. Contra ele pesam outras acusações de desobediencia à Justiça. Em poucas palavras Vanderlúcio é acusado de ter exonerado os servidores aprovados em concurso na gestão anterior colocado outras pessoas no lugar ligadas a sua gestão no posto.
Logo após as primeiras exonerações, no início da gestão de Vanderlúcio, alguns servidores ingressaram com ação na Vara da Fazenda Públcia da Comarca de Imperatriz . A decisão foi favorável aos servidores que deveriam ser readmitidos, mas o prefeito ignorou a determinação. Na mesma época outros servidores recorreram ao Tribunal de Justiça e alguns não tiveram êxito.
A promotora descobriu o problema quando promoveu um Termo de Ajustamento de Conduta(TAC) no qual o município se comprometeu a fazer um novo concurso público. O gestor se comprometeu em não incluir no edital do concurso cargos dos concursados, mas não teria cumprido com o acordo, o que levou a promotoria a abrir investigação sobre o descumprimento do TAC e das determinações do juiz da Vara da Fazenda Pública.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Efeitos Nefastos da Mineração

Entorno de Parauapebas (PA) vê crescimento da prostituição infantil após chegada de empreendimentos liderados pela Vale



A Vila Sansão fica a 70 quilômetros da cidade paraense de Parauapebas, onde está concentrada a exploração mineral do projeto de Carajás, liderado pela Vale.  A vila é constituída de 257 lotes e conta com uma escola com uma escola de 17 professores e 360 alunos, da educação infantil ao ensino fundamental.

A população da vila, que surgiu em 1984, é de 1200 pessoas, grande parte atraída nos últimos tempos pela promessa de emprego na Vale e suas três terceirizadas, entre elas a Odebrecht, que vieram para a implantação da infra-estrutura do projeto Salobo, que explora cobre na região.

Situada no entorno da Floresta Nacional de Tapirapé, sob domínio de projetos da Vale, os moradores passaram a conviver com a chegada de 7 mil homens abrigados em grandes alojamentos construídos dentro da vila.

Antes a vila contava com quatro igrejas evangélicas, uma católica e quatro pequenas casas comerciais com venda de gêneros alimentícios.  Hoje, a vila passou a ter nove bares e seis casas consideradas como locais de prostituição.

“Como consequencia, o índice de exploração sexual infantil aumentou drasticamente.  Já foram constatados três casos de estupros.  São adolescentes que deixam a escola e vão para prostituição, outras permanecem na escola e à noite caem na prostituição”, revela o sociólogo Raimundo Gomes da Cruz Neto, do Movimento dos Atingidos pela Mineração no Estado paraense.

Tâmara

Aos dezessete anos, com traços indígenas, e uma estatura de aproximadamente 1,70 m, Tâmara* é uma dessas adolescentes citadas por Neto.  Cursa o primeiro ano do ensino fundamental à tarde e à noite faz programa numa das casas de prostituição da vila, muito frequentada por funcionários da Vale e de suas terceirizadas.

“Moro na vila aqui há três anos com meus pais e meus três irmãos, primeiro viemos de uma cidadezinha pequena perto de Belém para Parauapebas, procurando emprego para o meu pai, depois disseram que era aqui que teríamos emprego e aí viemos para cá”, conta Tâmara.

O pai realmente arrumou um emprego, mas não na Vale, nem em suas terceirizadas.  Hoje ele retira vegetações daninhas em fazendas próximas à Vila Sansão.

Já Tâmara, quase todas as noites adentra uma casa, que foi adaptada para receber homens das empresas instaladas na vila.  Com um balcão à esquerda margeado de bancos, reserva quatro quartos ao longo de um corredor que termina em um quintal escuro ao fundo.  A “casa” tem no mínimo seis adolescentes por noite para atender aos clientes.

“Em dia de semana, venho aqui umas 20h e vou embora lá pela meia noite, às sextas e sábados fico até mais tarde, umas 2h, 3h, pois tem mais homens”, diz Tâmara.

Uma senhora atende os clientes que pedem bebidas: cerveja, cachaça ou algumas marcas de uísque nacional.  Entre eles está Roberto*.  “Frequento aqui faz tempo, desde que cheguei, há um ano.  Venho de Goiás para trabalhar numa empresa aqui.  Sabe como é, né?  Só trabalhar, não dá”, afirma.

Roberto, que se negou a revelar o nome da empresa onde trabalha, revela que os freqüentadores do local têm ciência de que a casa explora menores.  “A gente sabe que a maioria das meninas é ‘de menor’, nossos chefes sabem, as empresas sabem, mas, poxa, vir para cá no meio do nada morar com um monte de macho, sem nada para fazer de noite, fica complicado”.

“Sem discernimento”

Em meio a casas de taipa, de onde saem crianças sujas e descalças, desponta protegido por enormes portões um prédio com um belo alojamento de funcionários da Vale, trazendo o contraste entre a pobreza da região e o poderio econômico da mineradora.

Diferença esta que desperta a atenção de algumas adolescentes da cidade, com esperança de terem uma vida melhor.  “Elas veem essas camionetes das empresas andando por aí, com homens com poder aquisitivo maior, e um alojamento como este da Vale em meio a tanta pobreza, isso mexe com o imaginário das meninas, o que as faz procurar os funcionários”, explica Neto.

Passa das 16h do sábado, 25 de março, e Cristina*, uma adolescente de 15 anos maquia-se em frente a um minúsculo espelho, pendurado numa das paredes da casa de taipa de três cômodos, que divide com a mãe, vendedora ambulante, e quatro irmãos mais novos.

Escolhe atentamente a roupa que vai vestir, entra num dos cômodos da casa e depois de vinte minutos reaparece pronta.  Com seus longos cabelos amarrados, olha pela última vez ao espelho, para antes das 18h sair de casa e ir até o portão do alojamento da Vale ou para algum bar da cidade frequentado por funcionários.

“A gente fica no portão acenando para os homens de dentro do prédio da empresa, muitos deles saem para conversar com a gente.  Aí marcamos alguma coisa de passear ou de ir a algum barzinho”.

Cristina revela que perdeu sua virgindade assim, aos 13 anos, com um funcionário da Vale.  “Foi bom.  Todas as vezes em que saímos, ele me dava algum dinheiro”.

Ao escurecer, no portão do alojamento da Vale, aglomera-se meia dúzia de meninas que prontamente são atendidas por alguns homens, indo até o portão conversar e acariciar, num primeiro momento, as mãos das adolescentes através dos portões.

Para Nonato Masson, advogado do Centro da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia (CDVDH) as “crianças e adolescentes não se prostituem, pois ainda não têm discernimento para assumir isso como profissão, pois estão em formação psicológica e social.  Portanto, o que ocorre é que são exploradas sexualmente, mesmo”.

Surto

Dona Maria Oliveira teve 19 filhos, dentre eles, dez apenas sobreviveram diante das dificuldades oriundas da pobreza vivida por ela e pelo marido na cidade de Bom Jesus das Selvas, um município no interior do Maranhão que recebeu no inicio do ano passado mais de 3 mil homens que trabalharão na duplicação da Estrada de Ferro de Carajás, sob concessão da Vale.

Dos dez filhos que vingaram, três são homens e sete mulheres, três delas entre 14 e 16 anos.  Segundo Meriam da Pastoral da Criança de Bom Jesus das Selvas, as três meninas já frequentaram pontos de prostituição.

Algo que se tornou corriqueiro para muitas meninas da cidade, conforme relata Tatiane Albuquerque, que coordena no Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Bom Jesus das Selvas, um projeto cultural voltado para adolescentes em risco de exploração sexual.  “São meninas pobres que passaram a frequentar pontos de prostituição, que aumentaram com a chegada das empresas”.

O conselho tutelar da cidade constatou que aumentou o número de adolescentes grávidas dos 13 aos 16 anos, além das doenças sexualmente transmissíveis, desde o inicio das obras de duplicação da via férrea na cidade.

Para Gildázio Leão, funcionário da Secretaria de Saúde de Bom Jesus das Selvas, com a chegada das empresas sem políticas definidas para sanar ou minimizar os problemas, corre-se o risco de se ter um surto de doenças contraídas sexualmente no município.

“Se a gente tem um aumento da população com a chegada das empresas, pessoas que chegam e que já podem ter o vírus, ou que mantiveram relações desprotegidas com essas menores podemos ter uma aumento considerável de pessoas infectadas”, esclarece.

Atualmente vinte e cinco pessoas foram diagnosticas com o HIV positivo, apenas 12 estão em tratamento no município, cinco com idade entre 13 e 20 anos, segundo dados da Secretaria de Saúde de Bom Jesus das Selvas.

Para Leão, no entanto, esse número pode ser até duas vezes maior, já que não se tem obrigatoriedade da identificação do soropositivo no Brasil.

Rebeca*, uma das filhas de dona Maria Oliveira, é uma das adolescentes com suspeita de estar infectada com o vírus, mas tem medo de fazer o teste.  Aos 14 anos, frequenta assiduamente os pontos de prostituição da cidade por troca de bebida e dinheiro.  “O que antes era dificultoso para as meninas, ganhar dinheiro, de certo modo tornou-se fácil, pois hoje quem freqüenta esses bares são homens assalariados”, diz Albuquerque.

* Nomes fictícios



 Fonte: http://www.brasildefato.com.br/

sexta-feira, 6 de maio de 2011

STF aprova Casamento Gay

BRASÍLIA - Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu legalmente na quinta-feira as uniões entre pessoas do mesmo sexo. A partir desta sexta-feira, devem ser aplicadas a esse tipo de relação as mesmas regras da união estável heterossexual, prevista no Código Civil. A Corte não relacionou os direitos que decorrem da decisão. Mas, por analogia, os gays poderão pleitear, por exemplo, a declaração conjunta de Imposto de Renda, pensão em caso de morte ou separação, partilha de bens e herança. A pessoa só precisa comprovar que integra uma "convivência pública, contínua e duradoura", como diz a lei.


A regra deve ser aplicada pelos órgãos responsáveis, como o INSS, as operadoras de plano de saúde privado, empresas e governos. O cidadão que se sentir discriminado poderá entrar com ação na Justiça. Diante do precedente do STF, a chance de vitória será alta. Em casos de separação, se não houver acordo entre as partes, também será necessário recorrer à Justiça.

Ficou decidido que as ações devem ser julgadas, a partir de agora, individualmente pelos ministros, sem necessidade de ir a plenário, e sempre a favor dos homossexuais. A Corte também decidiu que cabe ao Congresso aprovar lei regulamentando as peculiaridades dos direitos decorrentes das uniões homoafetivas.

- É como que uma convocação. A decisão da Corte implica que o Legislativo assuma essa tarefa de regulamentar a equiparação - explicou o presidente do STF, ministro Cezar Peluso.

Críticas à falta de decisões sobre o tema no Congresso
A decisão foi tomada no julgamento de duas ações: uma proposta pelo governo do Estado do Rio, em 2008, e a outra, pelo Ministério Público, em 2009. Há diferentes decisões de tribunais e juízes sobre o tema. Com a decisão do STF, o entendimento fica unificado.



Gays em busca de direitos
  O principal argumento dos opositores da causa é que, ao tratar da família, a Constituição menciona apenas a relação entre homem e mulher. Para os ministros do STF, a falta de menção não pode ser entendida como proibição à união de homossexuais. Eles lembraram princípios constitucionais, como a dignidade, a igualdade, a vedação de discriminação por orientação sexual, a liberdade e a proteção da segurança jurídica.

O relator, Carlos Ayres Britto, defendeu a extensão de todos os direitos dos casais tradicionais às uniões homoafetivas. Luiz Fux concordou com o relator. Votaram da mesma forma Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Ellen Gracie, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Peluso. José Antonio Toffoli não participou do julgamento, por ter dado parecer nas ações quando era advogado-geral da União.

- Em casas onde nunca passaram um juiz ou um padre, há amor, há uma família. O conceito de família só tem validade conquanto privilegie a dignidade das pessoas que a compõe. A união homoafetiva enquadra-se no conceito de família - argumentou Luiz Fux.
- O Estado não pode adotar medidas nem interpretações que provoquem a exclusão jurídica de grupos minoritários - concordou Celso de Mello. - Com esse julgamento, o Brasil dá passo significativo contra a discriminação.
Boa parte dos ministros lamentou que o STF tenha tido de tomar essa atitude no lugar do Congresso.

No julgamento, vários ministros mencionaram direitos que deveriam ser concedidos aos homossexuais. Ayres Britto, por exemplo, citou a adoção oficial de crianças por duas pessoas do mesmo sexo. Porém, a Corte preferiu não definir como ficam esses detalhes. A ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos, comemorou o resultado:
- Prevaleceram os direitos humanos, a igualdade, o princípio constitucional de um país que rejeita a discriminação. Este é um grande passo, porque todos os cidadãos brasileiros, homens e mulheres, independentemente de serem homossexuais ou heterossexuais, têm o mesmo valor - disse.

Fonte: O Globo

Assembléia Legislativa aprova critérios para criação de novos municípios

A Assembleia Legislativa aprovou nesta quinta-feira (5), durante sessão extraordinária, o projeto de Resolução Legislativa nº 25/2011, de autoria da Mesa Diretora, que regulamenta a competência da Assembleia Legislativa para realizar estudos de viabilidade para a criação de novos municípios no Maranhão.
Depois da aprovação por unanimidade, o presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PSDB), promulgou a Resolução, que entrará em vigor da data da sua publicação — no Diário da Assembleia. Como às sextas-feiras não acontecem sessões ordinárias, a Resolução será publicada no Diário da próxima segunda-feira, dia 9.
Então, a partir do dia 9 de maio começa a contar o prazo de 30 (trinta dias) para que comunidades de todo Maranhão dêem entrada aos requerimentos solicitando a criação de novos municípios.
De acordo com a Resolução Legislativa, o requerimento elaborado pela comunidade deve estar subscrito por, no mínimo, 10% (dez por cento) dos eleitores residentes na área geográfica a ser emancipada e com firma individualmente reconhecida (em cartório).
A proposta deve estar ainda acompanhada de um memorial descritivo da área a ser desmembrada, relacionando todos os povoados que integram o pedido de emancipação.
Recebido o requerimento, a Assembleia Legislativa iniciará os estudos de viabilidade municipal. Com este objetivo, será criada a Comissão de Triagem e Elaboração de Projetos de Criação de Municípios, que avaliará a regularidade da proposta dentro do prazo de 180 dias.
O estudo de viabilidade municipal é criterioso e consiste em examinar condições que permitam a consolidação e o desenvolvimento das áreas que pleiteiam a emancipação, adotando como requisitos as viabilidades econômico-financeira, político-administrativa e sócio-ambiental e urbana.
Ao fim desta etapa, o estudo de viabilidade municipal será publicado no Diário Oficial do Estado, quando se abrirá um prazo de 60 dias para impugnação.
A impugnação poderá ser feita à Assembleia Legislativa por qualquer interessado, pessoa física ou jurídica. O estudo de viabilidade será disponibilizado no site da Assembleia Legislativa durante o período impugnável (60 dias).
O processo terá continuidade com a realização de pelo menos uma audiência pública em cada um dos núcleos urbanos em vias de emancipação.
Encerrado o prazo para impugnação, cada requerimento será transformado em projeto de lei e, à luz do Regimento Interno, será encaminhado para a apreciação da Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa, que decidirá pela impugnação ou homologação da matéria.
Cada projeto deverá ainda ser submetido a análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, da Assembleia Legislativa, que avaliará o aspecto constitucional e legal.
Por fim, se as comissões decidirem pelo deferimento da matéria, a Assembleia Legislativa autorizará a realização de plebiscito em consulta à totalidade da população do município origem, incluindo a área a ser emancipada. Só depois da aprovação popular, a Assembleia submeterá o projeto de lei a apreciação do plenário. 

CRITÉRIOS PARA EMANCIPAÇÃO
 
De acordo com a Resolução, além das viabilidades econômico-financeira, político-administrativa e sócio-ambiental e urbana, as áreas a serem emancipadas devem atender aos seguintes requisitos:
I – população igual ou superior a seis mil habitantes;
II – eleitorado igual ou superior a 50% de sua população;
III – existência de núcleo urbano já constituído, dotado de infraestrutura, edificações e equipamentos compatíveis com a condição de município;
IV – número de imóveis, na sede do aglomerado urbano que sediará o novo município, superior à média de imóveis de 10% dos municípios do Estado, considerados em ordem decrescente os de menor população;
V – arrecadação estimada superior à média de 10% dos municípios do Estado, considerados em ordem decrescente os de menor população;
VI – Área urbana não situada em reserva indígena, área de preservação ambiental ou área pertencente a União , suas autarquias e fundações;
VII – continuidade territorial; 

OS POVOADOS
 

Pleiteiam emancipação política os seguintes povoados maranhenses: São Simão do Maranhão (Rosário); Moisés Reis (Codó); Brejinho dos Cocais (Caxias); Faísa (Santa Luzia do Tide), Ebenézia (Zé Doca); Jacaré do Maranhão (Penalva); Palmares do Maranhão (Itapecuru-Mirim); Santo Onofre (Santa Luzia do Tide); Ipu-Tuí (Tuntum); Ipiranga (Barra do Corda); Nova Conquista (Zé Doca), Juçaral Mirim (Vitorino Freire); Roberto Leite (Itapecuru-Mirim); II Núcleo (Buciticupu); Santa Vitória (Barra do Corda); Porto Santos (Turiaçu); Nazaré do Bruno (Caxias); Cajazeiras (Codó); Novo Caru (Bom Jardim); Baixão Grande (São Domingos); Auzilândia (Alto Alegre do Pindaré); São José das Varas (Barreirinhas); Vila Pindaré (Buriticupu); Barro Duro (Tutoia); Alto Brasil (Grajaú); Quadro (Zé Doca); Novo Jardim (Bom Jardim); Queimadas (Bom Jardim); Novo Bacabal (Açailândia); Itaqui Bacanga (São Luís); Lagoa Comprida (Arame); Calumbi (Presidente Dutra); Belém do Maranhão (Tuntum); Cordeiro do Maranhão (Pio XII); Coque (Vitória do Mearim); Palestina (Brejo); Três Lagos (Lago da Pedra); Maracanã (São Luís); Paiol do Centro (Parnarama), Mundo Novo (Amarante); Batavo (Balsas); Ibipira (Miador) e Castelo (Monção).

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Plenário aprova plebiscito sobre criação dos estados de Tapajós e Carajás



 Plenário aprovou nesta quinta-feira dois projetos de decreto legislativo que autorizam a convocação e a realização de plebiscitos sobre a divisão do Pará e a criação de dois novos estados: Tapajós e Carajás  (veja ilustração abaixo)
Mapa de como ficará o estado dividido em três

Os textos aprovados determinam que as consultas públicas deverão ocorrer dentro do prazo de seis meses após a publicação dos decretos autorizativos.
A primeira proposta (PDC 731/00), que trata do plebiscito para a criação do estado de Tapajós, deverá retornar ao Senado por ter sido alterada na Câmara. O texto aprovado é o substitutivo da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, apresentado pelo relator, deputado licenciado Asdrubal Bentes (PMDB-PA).
Segundo o parecer, a proposta precisou ser modificada para incorporar vários municípios criados ao longo do tempo em que a proposta tramitou no Congresso. Houve ainda alterações para tornar mais claros os procedimentos a serem adotados caso o plebiscito seja aprovado pela população.
O texto aprovado determina que no prazo de dois meses, contado da proclamação do resultado do plebiscito e se este for favorável à criação do novo estado do Tapajós, a Assembleia Legislativa do Pará deverá se manifestar sobre a medida, devendo dar conhecimento da decisão ao Congresso Nacional em três dias úteis.
O estado de Tapajós, se aprovado, terá 27 municípios e corresponderá a 58% do atual território paraense, na região oeste.
Carajás
A segunda proposta aprovada (PDC 2300/09), que prevê a realização de plebiscito para a criação do estado de Carajás, não foi alterada na Câmara e segue para a promulgação.
Caso seja aprovado, o novo estado de Carajás terá 39 municípios e ocupará uma área equivalente a cerca de 25% das regiões Sul e Sudeste do território atual do Pará.
Segundo a Constituição, os estados podem incorporar-se, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros ou formar novos estados ou territórios federais mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de lei complementar.
MARANHÃO DO SUL
O povo paraense acaba de conquistar um antigo sonho, e o povo da região sul do Estado do Maranhão, após mais de 10 anos de luta. Onde fica a criação do Maranhão do Sul?
Será que não há ninguém lutando pela independência deste estado? Será que tudo acontece no estado vizinho e só aqui que não?
Até quando a influência Sarneysta vai continuar mandando e desmandando no país?
Assim, vai passando o tempo e o povo esperando por respostas pra essas questões. O que nos resta é apenas esperar pelas decisões de quem tem nas mãos o dever de reger as leis do nosso país. 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Realidade Maranhense


         Mais de um ano se passou desde a implantação dos canteiros de obras para as construções de 72 Unidades de Saúde em vários Municípios do Estado do Maranhão, todos com 20 leitos hospitalares.
As Unidades que tinha prazo inicialmente de 210 dias (7meses) para a entrega, até hoje se encontram totalmente inacabados, apenas dois ou três forma entregues. O que era pra ser canteiro de obras se transformou em cemitério de obras inacabadas.
          Todos sabem que tal fato se deveu a mais uma das manobras politiqueiras da atual governadora do estado, Roseana Sarney, com o intuito de reeleger-se governadora (depois de tomar o mandato do já falecido Jackson Lago em 2009), angariando assim, votos de pessoas que foram enganadas com falsas promessas de campanha em 2010.

          Assim de fato aconteceu e, desde o momento em que as urnas foram apuradas e se decretou a vitória da tal, todas as obras foram totalmente paralisadas e até o momento não foram retomadas (provavelmente só em 2014, quando haverá novas eleições).
          É dessa maneira que “Rosengana” vai fazer o melhor governo de sua história política? Com promessas levianas e deixando um povo sofrido à espera? Cadê as melhorias prometidas e começadas pela governadora? O povo sofre a todo o momento com falta de cuidados básicos como saúde, emprego educação. E por falar em educação, há mais de dois meses, nossos alunos vêm sofrendo com falta de aulas regulares na rede estadual de ensino devido a paralisação por parte do SINPROESSEMA das atividades  por causa de algo que há muito já deveria existir, o Estatuto do Servidor, que a governadora fez o favor de jogar a responsabilidade nas mãos dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão (que são todos paus mandados da própria) e, depois nas mão dos Ministros do Supremo (que fazem parte da corja Sarneysta), sem contar no âmbito de Bom Jesus das Selvas e outro municípios pequenos do estado, onde o ano escolar está comprometido totalmente, pois nunca houve um dia sequer de aulas regulares por falta de profissionais e por desavenças políticas nestes municípios.

        Assim vai caminhando o nosso estado, como se as pessoas vivessem na época em que éramos uma Capitania Hereditária, eles (governistas)  são os donos da Capitania ou seja, os “DONATÁRIOS”, e nós  (o povo) somos os “OTÁRIOS”.

domingo, 1 de maio de 2011

Vice de Novo


Apesar de não ter nenhuma pena de alguém que opte por ser vascaíno, e até que se apaixone por esse erro, deve-se convir que esse time é muito azarado.O Vasco vinha embalado, na era Ricardo Gomes não perdeu pra ninguém. Acharam-se invencíveis, os reis da cocada preta, e, na hora que tinham que ganhar, perderam.

 Mais ainda, sagrou-se penta-vice estadual.

Parabéns ao Vanderlei por transformar mais uma vez o MENGÃO, num campeão. Quanto ao Vasco, o "vice de novo" está se transformando num mantra que sua combalida torcida ouve a toda hora.
Pelo menos voltaram os  saudosos tempos em  que  o vasco é vice de time grande.

O Herói de uma Nação


                                                      
Para alguns jovens Ayrton pode não passar de um ex-piloto famoso, de um tricampeão, como Piquet e Lauda. Para os mais velhos, talvez, seja uma consequência do ótimo Emerson e do que o Brasil já havia construído no automobilismo. Para toda uma geração, que hoje tem cerca de 30 anos, este sujeito foi o ídolo maior de um país.
A morte mais dolorida de alguém que você sequer conheceu. O domingo mais triste da história de um país.
Aquele sujeito corajoso, ousado, com a postura de vencedor que contradiz o jeitão brasileiro de ser, deixava de erguer nossa bandeira aos domingos pro mundo todo aplaudir.
Era nosso orgulho, nosso filho mais querido.
Havia quem não gostasse, claro. Mas eram raros. Ainda são.
Ayrton ultrapassou o limite entre um ídolo do esporte e um ícone nacional. Era um exemplo ao brasileiro de que não eramos os “coitadinhos”, que nem sempre foi bem aproveitado.
Vencia na marra, perdia buscando seu limite. Errava, acertava, mas se bancava. O que prometia fazer, fazia. Não engolia qualquer ordem, não aceitava condições e foi buscar, através de talento e força de vontade um lugar de destaque dos mais dificeis já vistos na F-1.
Chegar lá e bater seu companheiro é pra muitos. Ganhar de um companheiro mais forte, pra poucos. Desbancar um campeão mundial como Alain Prost, ganhar a equipe e se tornar o principal piloto com ele do lado, não é pra qualquer um. E ele fez.
Talvez por ter existido Senna, cobrem tanto de Rubens e Massa. Talvez não. É óbvio que sim.

Jamais imaginariam do Ayrton uma atitude como a de deixar o companheiro passar na última curva e se fazer de vítima no pódio.  Ele não faria. Ganharia a corrida, seria demitido, brigaria com o mundo… mas coitadinho, jamais.
É o anti-brasileiro, paixão do povo que adora ser coitado, e que nunca aceitou esta condição.
Acidente que ocasionou a morte de Senna em Monza

Hoje faz 17 anos.
Comentarista, dono de equipe, manager do Bruno, empresário, presidente da república, técnico do Corinthians, comentarista da Globo, vendedor de maça na feira, sei lá o que ele estaria fazendo. Mas, estaria fazendo com brilhantismo.
Jamais aceitou a condição de “mais um”, muito menos a de derrotado. Perdia inconformado, e ao invés de apenas lamentar, buscava reverter.
E revertia.
Parou o mundo com sua morte. Fez jovens e senhores, juntos, sentarem na calçada chorando a perda de um desconhecido aqui no Brasil. Seu caixão passou para todos aplaudirem.  As empresas pararam, as pessoas sairam nas ruas e não teve um hipocrita pra dizer: “Onde já se viu? Pra que tudo isso?”. Hoje, pra qualquer outro, teria.
Para Senna, não teve. Pois nem o mais azedo dos sujeitos seria capaz de discutir a importância de alguém que consegue fazer o que ele fez neste país.
Foram dias de verdadeiro velório nacional. Quem não se lembra não imagina como era entrar num onibus segunda-feira de manhã e ver pessoas chorando, do nada, sem um motivo aparente.
Ver as pessoas, ricas ou pobres, na rua com uma bandeirinha nas mãos saudando a última passagem dele, que lentamente, incoerente a sua vida, passava por nós nas avenidas de São Paulo.
Ayrton foi o que jamais tivemos, o que jamais teremos novamente e um exemplo mal aproveitado.
Nos ensinou que não somos inferiores, e que podemos, desde que não aceitemos qualquer coisa. Ensinou, ensinou, ensinou, e poucos aprenderam.
Hoje seria um domingo qualquer. Já sem ele nas pistas, mas, não tão longe de todos nós.
Mas, quis a vida que fosse assim. Talvez para que nos lembrássemos com mais força e saudades deste sujeito especial. Talvez porque ele era demais para o mundo em que vivemos.
Ele se foi, deixou mais do que precisava,  mais do que devia, e uma gigantesca nação de “viúvas”.
Eternamente gratos pelos momentos mágicos de alegria e orgulho aos domingos de manhã, aquelas lágrimas de 1994 não secaram para muitos até hoje.
Sou um deles, admito.
Não terei outro ídolo como Ayrton, porque sua mistura de talento, personalidade, postura e carisma não permitem.  E também porque não serei, nunca mais, um garotinho de 08 anos usando o boné da Nacional e idolatrando um cara que dirige um carro de corridas.
Tinha um grande sonho, há muitos e muitos anos...
... poder apertar sua mão.
Mas não deu tempo. Sequer o conheci.
Não importa. Não precisei disso para saber quem era.
Onde estiver, provavelmente no lugar mais alto do pódio, espero que esteja feliz, bem e que receba todo carinho deste povo, que mais de 15 anos após sua partida, ainda lembra de você todos os dias com enorme saudades.
“O fato de ser brasileiro só me enche de orgulho”, disse Senna, numa entrevista.
E nós dizemos o mesmo, campeão.
Imagem de um eterno CAMPEÃO!!!!
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